Coluna SNC
Ediçao 23
Reta final! Reta não… curva final!!O último ato chegou. A última etapa, tão aguardada por todos, a ser disputada em Laguna Seca, será neste fim de semana. Mais uma vez, pela terceira consecutiva em três possíveis, o título do Gran Chelem Motorsports será decidido na etapa final. Três participantes estão na briga direta: Luth Cysne da McLaren e, Sérgio Kolachinski e Fernando Passos, ambos da Ferrari.
Entretanto, de certa forma, esta temporada é diferente das outras duas edições. O GCM III será o primeiro campeonato da Liga que será decidido com todos os postulantes ao título na mesma pista. Na primeira edição, Carlos Júnior faturou o caneco já na Sprint Race, pois Rodrigo Wizard não se classificou para o Server A em Zandvoort e Sérgio Kolachinski não teve ajuda da sorte que precisava. Já no GCM II, Luth Cysne e Fernando Passos tiveram a companhia de Frank Aguiar na decisão do título. Porém, alguns contratempos na Sprint Race de Adelaide fizeram com que Aguiar não participasse da etapa que consagrou Cysne como campeão.
E a história desta temporada é totalmente atípica das edições passadas. Mesmo em uma temporada com 10 etapas, podemos separá-la em três grandes partes.
Parte I - Cysne domina, Ferrari e BAR sofrem com adaptação.

Nas três primeiras etapas vimos, literalmente, uma flecha prateada dominar o campeonato. Enquanto a Ferrari parecia que estava em “outro mundo” (como diria nosso querido narrador Galvão Bueno), pois seus pilotos não conseguiram resultados expressivos, Cysne por sua vez, não tomou conhecimento dos adversários. Além dos contratempos dos pilotos de Maranello, do azar constante de Aguiar e da despedida de Fonseca, o piloto da McLaren fez a pole e venceu as três primeiras, e conseguiu a soma máxima de pontos em Sonoma, pista apontada por muitos como a mais traiçoeira. A essa altura, Cysne se fixava como franco favorito ao título.
Parte II – O equilíbrio predomina, Daniele Assis se despede.

Nas três etapas seguintes, o equilíbrio falou alto no campeonato. Cysne teve problemas com seu equipamento, e Kolachinski se aproveitou da situação para quebrar a seqüência de vitórias do piloto catarinense. Passos repetiria o feito por mais duas vezes e Aguiar se firmaria na briga pelos pódios. Coadjuvantes de luxo, como Fernando Ferreira e Raphael Brito, beliscam pódiuns em Daytona (incluindo a vitória de Brito em Daytona) e apimentam a classificação no topo da tabela. Após a etapa de Dover, Daniele Assis, companheira de equipe de Cysne anunciou seu afastamento por motivos pessoais, deixando a McLaren desfalcada. Coincidência ou não, o desempenho de Luth Cysne começa a cair, permitindo a aproximação dos pilots da Ferrari. Nos bastidores, Cysne afinetava Kolachinski e Aguiar, após os dois terem sofrido com acidentes na entrada dos boxes em Daytona. Na etapa seguinte foi a vez de Cysne errar e se acidentar em Indianápolis, recebendo de volta as alfinetadas da semana anterior.
Parte III – Ferrari domina, Aguiar se mantém entre os primeiros.

Frank Aguiar aparece de vez no campeonato e torna-se o fator X na briga do título. O carioca gostou tanto do pódio, após o duplo segundo lugar em Indianápolis, que o piloto da BAR não desceu mais de lá, repetindo o duplo segundo lugar até a etapa em Richmond, onde finalmente o carioca conseguiu sua primeira vitória na temporada, não sem antes completar a Sprint Race em segundo. Com uma performance constante, Aguiar chegou perto dos líderes novamente, mas não o suficiente para entrar na última etapa ainda brigando pelo título, "tirando" pontos preciosos dos candidatos. Cysne a Passos andaram se estranhando por três etapas seguidas (The Brickyard, Road America e The Paperclip) numa disputa quente dentro das pistas. Em todas as disputas, o catarinense levou a pior, deixando de brigar por pontos importantes. Quem se deu bem com isso foi Kolachinski. Aproveitando-se de todas essas novas variáveis, o paranaense conquistou ótimos resultados, arrebatando a maioria dos pontos disputados, inclusive conquistando cinco vitórias nas últimas oito corridas disputadas. Com isso, era só questão de tempo para Kolachinski assumir a liderança do campeonato. Fernando Passos permaneceu no segundo lugar, e Luth Cysne caiu para o terceiro lugar. Entretanto, a diferença entre os três (já incluindo os descartes) é de 15 pontos, prometendo fazer de Laguna Seca uma das corridas mais emocionantes que o GCM já viu.
Principais fatos que marcaram as etapas:1ª, 2ª e 3ª etapas - Luth domina as três primeiras etapas com pole e dupla vitória.
1ª etapa - Fonseca se despede.
4ª e 5ª etapas – Luth corre com teclado.
4ª etapa – Encerrada a seqüência de vitórias do Luth. Dani se despede.
5ª etapa – Kolachinski e Aguiar dão show (de horrores) na entrada dos pits e Luth afineta eles.
6ª etapa – Em server único, Luth e Passos se estranham na pista. Luth erra na entrada do pit e leva de voltada a alfinetada.
7ª etapa – Passos e Luth largam no server B para pagarem punição e se estranham novamente na pista.
8ª etapa – Kolachinski e Luth se estranahm de leve, Passos e Luth se estranham pra valer, o catarinense leva a pior. Kolachinski vence e assume a ponta.
9ª etapa – Aguiar vence a primeira após sete 2os lugares seguidos. Kolachinski e Luth se estranham novamente.
Até o momento...
- 5 vencedores diferentes em 18 corridas.
- Luth tem mais de 50% em pole positions (5 de 9 possíveis).
- Kolachinski esteve mais vezes no TOP 5
- Luth e Passos estiveram mais vezes no TOP 10
- Aguiar e Kolachinski ultrapassaram a marca de 10 pódios.
- Luth e Kolachinski ultrapassaram a marca de 5 vitórias.
- Luth e Kolachinski ultrapassaram a marca de 5 voltas mais rápidas.
- Luth e Kolachinski conseguiram bônus por três etapas consecutivas
- Luth e Kolachinski foram os únicos a conseguiram todos os pontus bônus em uma etapa
- Excluindo os candidatos ao título, apenas Aguiar e Brito conseguiram uma vitória