quarta-feira, 18 de junho de 2008
Editorial GCM: No limite!
Por Frank Aguiar
O objetivo deste primeiro editorial que o Gran Chelem Motorsports divulga não é de moldar a opinião de cada um, sendo membro ou não desta liga. É simplesmente levar aos nossos leitores a realidade do atual panorama do automobilismo brasileiro.
Todos nós que participamos, de alguma forma, de ligas virtuais de automobilismo, somos amantes da velocidade. Nascemos, crescemos e vivemos assistindo corridas, seja ela de Fórmula 1, ChampCar, F-Indy, NASCAR, MotoGP entre tantas outras. Quantos de nós já ouviram a seguinte frase: "Tú é maluco! Ver por mais de uma hora um bando de carrinhos dando voltas? Tá amarrado!". Quantos aqui perderam horas de sono, não trocaram um jogo de futebol, uma manhã de domingo na praia ou até mesmo chegar atrasado em algum evento para assistir uma dessas corridas "de doido"? Sem contar as brigas com familiares para assitir tais corridas "de doido".
O Brasil é o país do futebol sim. Inegável. As cinco estrelas que ostentam sobre o escudo na camisa (poderiam ser oito - 50, 82 e 98) falam por si só. A todo instante surgem novas revelações nos gramados. Digo a todos que nunca esta nação sofrerá o que a França sofreu entre 1986 e 1998: falta de craque. Não que por lá não invistam no futebol, pelo contrário. Mas porque lá não se 'vive' apenas do futebol. E, claro, outros esportes também são cultivados e bem administrados por lá.
Agora, por quê não respeitar não apenas os oito títulos conquistados por pilotos brasileiros na Fórmula 1, mas sim toda paixão que nós, amantes e admiradores, temos com o automobilismo? Senhoras e senhores, o que vemos hoje a CBA fazer com o automobilismo nacional é um desrespeito não só com o público e com os pilotos, mas sim com toda a história que os antecessores criaram.
É vergonhoso ver como nossos autódromos estão em estádo deplorável. Jacarepaguá é o maior exemplo do descaso. Por mais que o Prefeito Maluquinho quisesse ir contra o contrato feito há mais de vinte anos quando o estado cedeu ao município o autódromo (a concessão foi feita com a premissa de que naquele local só poderia ser praticado o automobilismo), a CBA poderia muito bem intervir. Mas a omissão falou mais alto. Kartódromos decentes então, nem vou citar. É inadimissível que neste país não haja uma categoria de monoposto para que surjam novos talentos. Campeonatos de kart estão quase extintos, assim como os de turismo. Para quem gosta de algo offroad, vivemos de três ou quatro 'grandes' eventos, sem divulgação pra variar, e pronto.
Alguém aqui já parou para pensar nos nomes de pilotos brasileiros que poderão, vejam bem, poderão aparecer nos próximos anos? Sem contar com que tentam algo nos Estados Unidos, o número de pilotos não enche uma mão. Viveremos um hiato de, no mínimo, de dez anos a partir de 2010 sem alguma revelação.
O estopim para a revolta de quem vos fala e para a criação deste primeiro editorial, que não vai ser somente para rechaçar idéias insanas ou criticar alguém, foi o ocorrido nesta semana quando a CBA, segundo as palavras de seu presidente, Paulo Scaglioni, resolveu arquivar o caso de doping do piloto da Stock Car Paulo Salustiano "para não criar celeuma".
Gostaria que todos os membros da liga e leitores do blog dedicassem cinco minutos de seu tempo e que lessem o editorial de Flavio Gomes, divulgado no site Grande Prêmio.
Pensem e reflitam.
Postado por Gran Chelem Motorsports às 13:16
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